terça-feira, 5 de agosto de 2014

Redenção

Por favor, alguém me ajuda? O que isso quer dizer?

re.den.ção
substantivo feminino
1. Ato ou efeito de redimir.
2. Salvação.
3. Resgate.
4. Libertação.
5. Auxílio.

Precisei olhar no fundo dos seus olhos pra entender.

Dia 05 de março desse ano eu senti falta do Mexicano, porque eu me importo que quem eu amo venha me amar no dia do meu aniversário. Porque não me importaria os meses sem nenhum tipo de contato, essa era a chance que ele tinha de se redimir e perdeu. Aí veio o dia 11 de maio e eu quase deixei ele sem parabéns de propósito, mas as coisas se inverteram, o discurso foi confuso e eu tive medo de ter entendido tudo aquilo bem demais. Eu mudei e já faz algum tempo que sou capaz de deixar pra trás mesmo os meus melhores que não me dão valor. Embora, não sem dor. Já dei segundas chances que não levaram a lugar nenhum e sofri de novo. Bem menos, mas eu sofri, sim, eu sangro com meu coração feito de carne e cheio de amor e de mágoa. Eu sei que exagero, mas eu sou assim. O que importa é que ele veio. Não foi por mim, no fim nunca é, mas eu também nunca fui até São Carlos por ele e é quase certo que nunca irei. Só se ele pedir. A vida mudou e vê-lo uma vez por ano é tudo o que meu coração precisa, quando ele vier por qualquer motivo e sempre lembrar de mim. Não importava mesmo o que a gente fosse fazer, nunca importa onde ir quando a gente tá com amigos, qualquer lugar serve pra abraçar, rir ou chorar e se importar. Mas, no fundo eu sabia que a gente ia parar no KK, porque ir ao Brás com ele já me deixou cheia de memórias e histórias na cabeça. Eu não superei o ensino médio, eu já sabia, mas quando eu entrei no pátio eu estremeci dos pés a cabeça, deu um nó na minha garganta e eu tive muita vontade de chorar. De saudade e tristeza. Redescobrir cada pedaço do nosso lugar modificado fez um buraco dentro de mim, mas o consolo foi ver que a gente viveu o melhor. Da maneira mais egoísta. Ali ele foi estrela, até no dia em que voltou. Nosso tour foi meio escondido porque ele ainda é meio foragido, mas deu pra ver as paredes sem vida, o anfiteatro sem personalidade, os números das salas diferentes (adeus sala 25, tenho certeza que ninguém mais transa na atual sala 14), o elevador que tomou o lugar da varanda charmosa, o banheiro colorido trancado, a escada de ferro que não combina com nada, o Wilson dizendo que cada ano os alunos são piores em todos os sentidos, os bancos pintados de marrom. Mas eu também vi uns figurinos lindos em manequins pelos corredores, o chão quadriculado (cada vez mais apagado), a escada de mármore (cada vez mais desgastada), algumas pessoas totalmente fora dos padrões (como antes) ou nem tanto, o teto do terceiro andar que um dia brilhou pra nós e o canto que a gente fez xixi. Não sei qual o espírito que ronda aquele lugar hoje, o que importa é a mágica que o KK da nossa época proporcionou e que fez o que hoje somos, porque ele precisou disso para a redenção. Eu vi que ele mudou e que o impacto das minhas palavras feias e expressões esdrúxulas é outro agora. E não foi na hora do melhor hot dog do mundo (que aliás, ele exagerou), foi antes, não sei quando, mas antes. Mas, eu precisei olhar no fundo dos seus olhos pra entender. Enquanto a gente caminhou e esperou pra chegar no topo da cidade ele me contou o seu lado sobre ele mesmo que eu não sabia, não lembrava ou não pude ver. E fez sentido ele não gostar de quem foi. Mas, eu não diminuiria seus passos bonitos, seus projetos e escavações subterrâneas, rs. Meu amigo, todo mundo tem vaidade e gosta de fazer bonito. Tenho certeza de que ele se orgulha de seus projetos atuais, mesmo que eles tenham propósitos maiores do que te fazer grande. E lá, no alto dos muitos andares do Banespa (sim, o prédio vai ser sempre do Banespa) ele não sabia como agir com os cinco minutos que a gente tinha com os prédios altos pequenos, com o vento cortante e frio demais, com o horizonte cinza, com o sol que não tinha aparecido naquele dia até então e com a altura que ele teme, mesmo querendo pular de paraquedas (shit, reforma ortográfica, eu te odeio). E isso foi lindo, ele sempre teve essa inocência, mesmo quando era vaidoso e egoísta demais. Ele sempre foi bobalhota e foi isso que me cativou. É verdade que eu também gostava do maioral, mas eu me tornei amiga do cara com expressão serena que me pagou um chocolate quente porque eu acertei o peso do lustre (na verdade, cheguei mais perto). Eu não vou julgar sua redenção, ela nos deu a conversa mais profunda e franca que a gente teve nos últimos quatro anos. Até hoje eu tô pensando no assunto e numa forma de absorver e entender o que aconteceu com ele. Nunca te vi tão despido e tão disposto a responder minhas perguntas e me deixar te ler de novo. Eu acredito que você acredita no que você acredita. E que isso te faz bem e que é uma pessoa que se orgulha do que é por motivos mais certos e sinceros do que nunca. É ótimo saber que ele é uma pessoa completa e que vive uma relação de amor pleno e que tem o coração em paz. As dúvidas e os monstros que eu tinha com relação a essa mudança foram embora, acabou meu preconceito. Eu ainda não cheguei nesse nível de entendimento e equilíbrio, todo dia eu tento entender de onde viemos e pra que, mas nada ainda me deu o sentido que você vê. Espero que um dia eu possa ter a minha verdade sobre tudo e que eu possa ter tanta paz quanto ele tem. A paz que eu precisei te abraçar e olhar no fundo dos seus olhos pra entender.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Eu mal consigo identificar o que tá mais pesado por aqui,

Eu mal consigo identificar o que tá mais pesado por aqui, o que me põe mais lágrimas nos olhos, só de pensar. O que me acelera o peito e me tira o ar (da maneira negativa). É difícil acordar e é difícil dormir. Pra que sair do quente inconsciente confortável torpor e abrir os olhos pra esse mundo detestável, intolerante, repulsivo? Eu choro no meio da notícia, na cara “indignada” do repórter. Eu não durmo fácil porque o meu sonho não alcança a realidade, porque meus amigos são distantes, porque nossas brigas bobas cansam e me machucam, porque minha família me dá vontade de não ser. Porque eu não sei o que fazer. Queria enfiar o dedo na tomada e recarregar minha esperança, comprar uma bateria de atitude. É difícil. A verdade é que me sinto pouco. Sou pouco para o mundo, pra minha família, para os meus amigos, sou pouco para o amor. Sou nada para o trabalho. No fim desse ciclo da faculdade, depois da formatura e da colação de grau, na hora da balança (e, especialmente hoje), eu me senti pouco. Eu não posso deixar que dois dias chuvosos, depressivos, sem trocar de roupa, pentear o cabelo ou ver a luz do dia estraguem tudo o que eu vivi; mas, ao contrário do que muitos dizem, eu faria muita coisa diferente. Mas essa conclusão não serve de nada agora. Eu fui feliz, mesmo sendo muito amarga com muita gente, sentindo inveja e desprezo. Deu certo, mesmo que eu tenha deixado de fazer muita coisa por medo ou falta de capacidade. Acabou e eu não tô sofrendo por isso, não é a mesma coisa que o fim do KK, peloamordedeus, não tem nada a ver. Só to lamentando pelas coisas das quais me arrependi. Espero que os rituais de passagem (festa de formatura e colação de grau) tenham servido pra eu me libertar e aceitar o que eu vivi. Na festa eu não fiz meu papel de formanda, até agora eu não sei/não entendi se me exclui ou me excluíram. Eu bebi e dancei mais do que pude e por menos tempo que eu gostaria, não aproveitei os ambientes, não tirei fotos suficientes e fiquei muito pouco até com meus poucos e bons. Estive bastante tempo comigo mesma (e acho que com a Bianca) suando muito, molhando meu vestido de princesa e enfiando cacos de vidro nos pés. Me arrependo da amnésia que não consigo controlar. Mas a colação foi diferente, pena que acabou tão rápido. Foram poucas as vezes em que me senti amparada na faculdade e essa sensação eu não vou esquecer. Sei que não foi nada demais e que muitos lá tinham times ou torcidas muito maiores e mais dedicadas do que a minha. De repente, isso me bastou e eu me senti plenamente feliz. Foi muito bom tirar todas aquelas fotos com aquela roupa quente; ter o Manolo ao meu lado na fila; ver o Chilike ser o primeiro da sala; ouvir o discurso dos alunos; foi cômico (além de trágico) ter que pagar 60 reais pela beca e ainda ter que deixar R$ 100 por segurança; foi bom abraçar as pessoas (mesmo que poucas); foi lindo emprestar o capelo pra Rouge (e hoje poder sentir a falta dela de um jeito gostoso); foi ótimo escutar meu nome e receber meu canudo (mesmo que ainda sem o diploma propriamente dito) da Roseane; foi ótimo subir no palco com todo mundo e não saber o que fazer. E esse momento foi rápido demais, eu ficaria três dias sentindo aquela sensação. E agora eu só quero voltar a viver sentindo que eu estou viva. Por favor.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Não sei dizer o que senti

Começou com aquela angústia, aquela pressa. O meu tempo em Bauru foi prorrogado sem que a minha opinião fosse consultada. Decidiram o que eu ia sentir. E tive muita raiva, ódio mesmo pela impotência, os ossos do ofício me torturaram. Senti saudade, vergonha e vontade de acabar. Faltou empatia com quase todo mundo e quis matar minhas colegas de casa quase todos os dias. Não que eu não seja grata, não posso resumir os mais de quatro anos pelos últimos meses. Aliás, meses esses que fizeram com que a gente, os poucos e bons, tornássemos nossa aliança mais forte e aparatuzada e, por isso, sou eternamente grata. Bauru foi uma libertação intraduzível. Eu tive muito medo de perder o que eu tinha aqui, mas eu descobri (não sei se tão rápido) que a gente não pode estar em dois lugares ao mesmo, que o corpo e a alma pertencem ao mesmo lugar e que tentar se dividir acaba com a gente, divide também nossa alegria e nossa alma e que viver com meia alma e meia alegria é um grande desperdício de tempo. Então, eu tenho histórias: (MUITAS) que envolvem festas e transcendência através do alcohol e que acabam sendo as melhores de todas; histórias de bixete e de veterana (que não tem tanta graça, eu nunca entendi o status de ser veterana se quem tem mais atenção são sempre as bixetes); histórias de amizades que acabaram por falta de verdade e amizades que eu não sei de onde surgiram; (MUITAS) histórias sobre saudade; histórias de andar a pé, de perder o ônibus; histórias de torrar no sol escaldante; histórias do pedágio; histórias da vida (muitas vezes chata) de república; histórias da empresa júnior (MUITAS); histórias do estágio; (MUITAS) histórias sobre não ter dinheiro; histórias muito boas e muito ruins da sala de aula, dos professores; histórias de participar dos eventos e de trabalhar neles; histórias que aconteceram no campus, cheio de problemas estruturais, mas tão acolhedor (aahhh, o bosque <3 ); histórias da academia e do meu joelho; histórias dos vizinhos insuportáveis; histórias sobre estar no círculo social errado; histórias da cantina e do espetinho; histórias do único InterUnesp que eu fui; histórias na espuma; histórias da sueca; e tantas outras histórias que explicam como e porque Bauru é tão foda, nos dois sentidos. O que tá mais fresco na memória são as histórias do TCC... que aventura intelectual, amigos. Eu posso dizer que eu o fiz com muito empenho, apesar de todo o tempo não acreditar que eu conseguiria. Parece choradeira, exagero, mas eu te desafio a fazer um desses (direito) sem sofrer. Mas eu garanto que esse sofrimento traz uma gratificação tão grande depois, eu não acredito que eu escrevi aquelas coisas, que eu pensei nelas. É tão lindo ver seu trabalho impresso (mesmo que todas as cópias tenham lhe custado R$203, 00). E tão DESESPERADOR ter que apresentá-lo. Olha, só eu sei o quanto isso é difícil pra mim, mesmo que eu saiba o que dizer, não sai. Minha voz falha, meu corpo inteiro treme, meu coração dispara e tudo o que tem na minha cabeça é um grande espaço em branco. Por isso eu treinei infinitas vezes fui lá e tirei um 10 =DDDDDDDDDDDDDD. Acho que ter a Bianca lá ajudou e muito. Mas, como outros finais que já tive na vida, nesse também faltou um pouco de gosto e graça em tudo. E o alívio e a felicidade que eu senti no fim foram limitadas. E de repente, abandono. Abandono que eu senti e não pude superar em quatro anos e que eu precisei experimentar na hora de ir embora. É difícil ter que fazer sozinha o que todo mundo faz com ajuda. Mas a salvação sempre existe e vem de quem menos tem obrigação em fazer algo por você. E aí eu empacotei tudo, joguei todos os meus amparos acadêmicos no lixo e também algumas bugigangas. E o vazio chegou. Gavetas e armários vazios, cama sem lençol, quarto sem identidade. Acabou. Tristeza? Alívio? Alegria? Saudade? Não sei dizer o que senti. Fiquei um tanto apática com o fim dessa história. A expectativa vai sempre tão além da realidade em coisas que deveriam ser espetaculares (e que parecem mesmo espetaculares para os outros). E hoje eu entendi que isso acontece, especialmente em fases finais, porque a próxima é desconhecida. E aí, você fica no limbo, como eu, totalmente perdida. E eu tenho tantos sonhos a partir daqui. Tantos que ontem pareciam cada vez mais perto, mas que daqui do dia de hoje parecem impossível. Eu preciso estudar mais agora? Uma pós, um curso, mais inglês, outra língua? Aqui eu não sei onde é minha casa, do lado de quem eu fico e o que eu posso fazer por essa família que é mais uma instituição totalmente falida, literalmente e no sentido figurado. Eu não sei se aceito qualquer trabalho, qualquer salário ou se exijo ser o que ainda não sei o que quero. Tô muito frustrada de não ter meu apartamento bem pequeno, alugado com o meu amor (porque esse era meu maior desejo depois da faculdade). Mas a gente sabe que não pensamos direito nisso e que não tinha como dar certo imediatamente.  A única certeza que eu tenho agora, nesse minuto, é que o amor mora atravessando duas linhas de metrô e não há quatro horas de mim e que por hoje isso tem que ser o suficiente. Por agora tô procurando as férias que eu mereço (e acabando com a poupança), o emprego que eu preciso pra ver se consigo uma rotina nova que me mantenha segura. Por agora tô tentando ser forte e não fechar a janela, porque o dia tá aberto e o vento gelado, um pouco incômodo, me lembra que quem precisa viver a minha vida, sou eu.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Foram-se os dias

Não sei em que momento da minha história (que já se confundiu tanto com a sua, desde sempre, que um dia foi nossa) eu desisti e a gente se perdeu. Eu me demiti da obrigação de ser sua amiga. E hoje eu não sei o que a gente é. E não foi fácil. Repetindo uma fala "foi a coisa mais difícil que eu já fiz na minha vida inteira." Mas, eu encarei o seu "que seja eterno enquanto dure" e as palavras ásperas do discurso duro do seu e-mail de "despedida" (que pretendia ser doce?) dizendo que tudo ia mudar. E eu me esforcei tanto, mas acabei aceitando que você não. "Deixa ela", "ela é assim mesmo", "nunca vai mudar". OK. Talvez eu tenha aprendido com o Beto uma maneira bem covarde de enterrar pessoas dentro de mim e, apesar de eu não concordar com essa atitude, isso serviu pra amenizar o que eu sentia. Uma mistura de saudade, ciúme e abandono. E impotência. Mas, você sabe como eu sou uma romântica saudosista incurável, e isso nunca vai mudar. E dia 13 meu coração ficou tão pequeno, do tamanho de uma bolinha de gude. E o pesadelo dessa noite acabou de estraçalhar com ele. Tô muito angustiada, porque se tem uma coisa em que eu acredito é em sonho! Eu só ainda não sei o grau de "previsão" dos meus. Faço muito força pra acreditar que quando a gente sonha algo ruim é porque vai acontecer algo muito bom. Eu não quero te perder no tempo, na memória ou na (nossa) história. De forma nenhuma. Mas os dias que se foram me fizeram bem menos otimista com sintonias perdidas. Eu faço drama, eu sei, mas pra mim esse desmoronamento foi tão real. Eu sei que você tá aqui dentro, em destaque, num lugar muito especial e cheio de amor, eu só não sei onde. Se você quiser me ajudar a procurar... Sei que também tô perdida aí, nessa pequena grande confusão.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Quanto tempo tenho?

Toda vez que eu vejo alguém cortando grama eu lembro do meu vô Pateta. Eu ficava tão irritada com o barulho, mas o cheiro era tão bom... e só agora eu percebo. Toda vez que eu vejo alguém cortando grama eu fico tão irritada, porque eu lembro do meu vô. Não que eu não goste de lembrar dele, eu só não gosto de não tê-lo mais aqui. Eu não lembro o dia do seu aniversário, não sei a data da sua morte. Eu não consegui sentir muita coisa quando você se foi, mas eu guardei tudo e eu sinto muito, muito mesmo. Eu sinto muito você não ter conhecido meus irmãos e nem minhas primas mais novas, todas as crianças te amavam, você era o Pateta. Eu sinto muito você não ter conhecido o Beto, sinto que não tenha dado broncas e pregado peças nele também. Sinto muito o fato de você nunca poder ensinar meus filhos a jogarem dominó e que as coisas tem regras e que a vida não é bagunçada assim. Porque ninguém mais joga dominó, mas a gente jogaria se você estivesse aqui. Sinto muito nunca mais ter pedido pizza sem orégano, sinto muito. Sinto muito não gostar mais da nossa casa na praia, porque você não tá lá e não tem guerra de água, nem ninguém pra me balançar na rede e nem susto de máscara à noite. Porque não tem mais lampião e nem morcego. Porque não tem mais sapo no banheiro na hora do banho. Sinto muito nunca mais ter queimado as lesmas do muro e nunca mais ter plantado nada, nenhuma flor, nenhuma fruta. Sinto muito nunca mais ter tido alergia do veneno que você passava na casa. Sinto muito não ter desvendado o mistério que levou daqui.
Eu sinto muito não ter sentido nada disso por tanto tempo. Mas eu nunca te esqueci.
Agradeço ao mundo que dá um milhão de voltas e te traz como uma lembrança tão boa.
Acho que nunca na vida eu tive uma sensação dessas... Tenho "só" 22 anos e mesmo assim tenho lembranças tão enterradas na memória que quando alguma coisa volta assim é difícil acreditar que foi nessa vida. Como o tempo é perigoso. Como o tempo é poderoso.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Hope

Dia quente, céu azul, tempo ameno. Foi um final de semana lindo para se viver lá fora, mas tive que estar aqui dentro. Talvez eu tenha feito o que eu devia, porém menos do que podia. Dias assim me dão mais inspiração para sonhar, e gastei algum tempo com isso, sem arrependimentos. Tem muita gente que não acredita mais, "o mundo desandou, comprometeu esse planeta", a humanidade escolheu uma caminho sem volta. Tudo está errado. Mas, mesmo esses esperam sempre mais o melhor do mundo. No meio da tempestade, se você vê aquele que tenta ir contra a corrente e quer o mesmo que você, por que deixar o mar te levar pra direção contrária? De quantos exemplos você precisa? Para cada passo desgovernado de uma vida despropositada deve haver bons olhos pra indicar a melhor direção, sem nenhum interesse. Por que a vida te cega pra isso? Quero arregalar meus olhos. Pensa bem se você também não pode viver sem essas vendas ou mesmo sem esses óculos escuros. Depois de olhar com vontade e atenção eu espero que você aja. Eu espero agir. Cuidado para não esperar demais. Por mais que suas horas se arrastem durante o expediente, percebe que o ciclo dos seus dias é muito rápido? Mais quatro folhas no calendário e mais 365 dias acabaram. Não quero passar por aqui, esse mundo não é pra mim, quero viver enquanto puder. Todos os seus dias a menos podem ajudar nos dias a mais de alguém. Entende que hoje "fazer o seu" é muito pouco? Isso aqui nunca será perfeito e a gente já se conformou, então eu espero que você acorde numa manhã quente, de céu azul e tempo ameno e veja que mesmo conformado você ainda pode acreditar. É cedo ou tarde demais?

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Temos vagas

Procura-se alguém que não "encha o meu saco". Que tranque as portas, limpe o chão e todo o resto, que tire os cabelos do ralo. Procura-se silêncio e sossego. Procura-se um pouco de sintonia. Procura-se alguém que feche os armários e recolha o lixo. Alguém que saiba dividir. Procura-se alguém que pague as contas em dia, que se importe. Procura-se privacidade e companhia. Procura-se ajuda e respeito. Procura-se alguém que use fones de ouvido e que não deixe sapatos no meio da sala. Procura-se alguém que posso cuidar dos próprios cabelos. Procura-se leveza e conforto. Procura-se alguém que já não seja tão "filha", procura-se responsabilidade, maturidade e objetivo. Amém.